São Paulo

São Paulo

Condições para o
empreendedorismo dinâmico

Autores

Bruno Rondani

Carla Depieri Colonna

Rafael Rocha Levy

Marco Petucco

Rodolfo Ribeiro da Silva

 

Resumo Executivo

Com 62 pontos, o ecossistema empreendedor de São Paulo exibe um nível de desenvolvimento médio-alto segundo o Índice de Condições para o Empreendedorismo Dinâmico do  Prodem. Ocupa o 11º lugar do ranking 2025 de 27 ecossistemas do GEIAL.

Principais Aspectos Favoráveis

Empresas e oportunidades (74 pontos): Predomínio de empresas tecnológicas (78 pontos) que impulsionam a criação, expansão e colaboração de startups inovadoras em São Paulo.

Capital social e redes (72 pontos): Redes locais ativas (74 pontos) fortalecem a cooperação entre startups, universidades e grandes corporações do ecossistema paulista.

Condições da demanda (68 pontos): Demanda extralocal (69 pontos) impulsiona a adoção de inovação em setores corporativos, públicos e mercados internacionais.

Oportunidades de Melhoria Mais Importantes

Formação empreendedora (46 pontos): Escassa formação empreendedora no nível médio (34 pontos) limita experiências práticas e cultura inovadora precoce.

Recursos humanos e infraestrutura (49 pontos): Falta de talento especializado (36 pontos) dificulta escalar startups em IA, biotecnologia e hardware.

Políticas e regulamentações (53 pontos): Regulamentações complexas (42 pontos) reduzem a agilidade para criar e expandir novas empresas inovadoras.

Mudanças em Relação ao Relatório GEIAL 2023

O índice do ecossistema de São Paulo retrocedeu 1 ponto em relação à medição de 2023.

Principais Avanços

Condições da demanda (+5 pontos): Crescimento da demanda local (+9 pontos) impulsionando a adoção de soluções inovadoras por empresas e consumidores.

Políticas e regulamentações (+4 pontos): Melhora na coordenação regulatória (+2 pontos) favorecendo o ambiente de negócios e incentivos ao empreendedorismo.

Retrocessos Mais Importantes

Formação empreendedora (−4 pontos): Redução em ambientes alternativos de formação empreendedora (−9 pontos) limita experiências práticas de aprendizagem.

Capital humano empreendedor (−3 pontos): Dificuldades para atrair e reter empreendedores (−10 pontos) reduzem a renovação do ecossistema.

Visão de Conjunto e Implicações para a Ação

» São Paulo se consolida como uma cidade altamente favorável para implementar e operar empresas tecnológicas, graças a um ecossistema maduro, densamente populado e articulado. A concentração de grandes corporações, startups, hubs e redes de inovação aberta cria um ambiente propício para a colaboração, a transferência tecnológica e o surgimento de novas oportunidades empresariais.

» No entanto, persistem desafios vinculados à formação empreendedora e à atração de talento jovem. É essencial fomentar o espírito empreendedor desde a educação média e estimular os jovens a seguir carreiras universitárias em áreas STEM, respondendo à crescente demanda do mercado por profissionais com competências científico tecnológicas em áreas centradas na neoindustrialização.

» Neste contexto, as instituições de ensino e os atores do ecossistema desempenham um papel chave ao promover formações empreendedoras mais dinâmicas e adequadas aos novos formatos de aprendizagem surgidos após a pandemia de COVID-19. Da mesma forma, as práticas de gestão de pessoas devem se adaptar para atrair e reter talentos, considerando que muitos profissionais priorizam hoje a qualidade de vida em cidades menores e a estabilidade laboral oferecida pelas grandes empresas e pelo setor público. 

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